domingo, 22 de maio de 2011
PODO PODE! ENTÃO PEDE.
PODO PODE! ENTÃO PEDE.
by doug dink
Não sei precisar com exatidão quando se começou a falar aqui no Brasil sobre a vontade que muitos homens sentem em beijar pés femininos. Mas sei que durante muito tempo mal se soube dar nome a prática, a tal da podolatria.
Posso começar a relatar o que sei a partir de meados de 1970. Tínha-se em material nacional as publicações do sempre citado Henfil (que era um podo-erótico assumido). Na revista Fradim, seus desenhos já brincavam com a idéia de se perseguir um pé feminino, revelando uma vontade assumida do artista. Por outro lado, era muito difícil achar qualquer tipo de material segmentado sobre o assunto a não ser conseguir algumas revistas adultas estrangeiras que já exploravam o tema. Só que o custo de material importado naquela época era caro. Então eram pouquísimas pessoas que compreendiam seu próprio fetiche de gostar de pés, beijar, cheirar e lamber, sem se sentir uma pessoa diferente com gosto excêntrico, e solitária no mundo.
Falar do assunto então? Isso era raríssimo de acontecer. Se você se abrisse para os colegas, virava gozação na hora. (bulling - coisa que támbém ainda não tinha nome lá nos "antigamentes").
Comentar do assunto para a família, ou pedir uma orientação aos pais? Não, isso não era atitude coerente. Aliás, até hoje, vamos considerar que tudo que envolve intimidade e desejos eróticos, nem sempre é bem vindo de se compartilhar com pai e mãe.
E falar diretamente para a namorada? Noiva? Esposa? Eis um grande e temido risco de estragar a relação. "Imagina? Dizer que quero beijar os pés dela e que me excito dessa forma?".
Pois é, durante um bom tempo, muitos podos enfrentaram dificuldades e adversidades até se sentirem bem com seu fetiche. E olha que a podolatria é uma prática de séculos. Não é inovação moderna. Só que sempre carregou um certo ar de "ousadia", já que a convenção social não dá muita moral ao sujeito que assume o gosto em ficar ajoelhado, curvado e se submetando a idolatrar um pé. Ainda que a simbologia esteja focada na eroticidade da situação, a "maioria" vai enxergar submissão e humilhação sempre que uma boca, lá em cima, se encontre com os pés, lá em baixo.
Foi com a propagação da internet que muita coisa no universo podólatra mudou. Começaram a surgir os sites sobre o assunto (a maioria adultos/pornográficos). Nessa fase eu já posso dar meu testemunho de experiência. Meados de 1995, e que maravilha ter acesso ao material estrangeiro (agora sim de forma mais simples) ainda caro com conteúdos privados, mas com fotos e videos demonstrativos sobre o tema. Para quem quisesse ir além, a moda era experimentar os famosos chats. Muita gente aqui no Brasil, iniciou muita amizade e relações a dois, descobrindo interesses em comum com o fetiche pelos pés, sem mais temer "entrar no assunto", já que pelo computador, podia-se falar mais a vontade sem mostrar a cara e ouvir uma resposta aprazível ou não, sem o risco de se expor com sua imagem real.
O resultado com o avanço de tudo isso (sites de relacionamentos, fóruns de discussão on line, redes sociais, etc) é que nos dias de hoje o preconceito está imensamente menor.
E até quando o assunto é a conduta dos relacionamentos modernos, hoje em dia o correto é você se abrir logo com a(o) parceira(o). Intimidades e preferências específicas já fazem parte da conversa inicial de uma paquera. E o quanto antes você descobrir se sua parceira gosta ou não da mesma coisa que você é melhor.
Uma questão é fato! Mulheres tendem muito mais a ceder em ações e aventuras, por conta do parceiro. Elas logo topam. Elas curtem as inovações e etc. A palavra FETICHE conseguiu se livrar de conceitos subversivos e com esse avanço de moralidade, muitos homens, mulheres e casais de hoje frequentam sex shops e também clubes temáticos ou baladas quaisquer esbanjando um certo ar de "descolados" - dando dicas com gestos, falas e vestimentas de que tendem a oferecer um tanto a mais em seus mix pessoais de segredos íntimos.
É dentre esses diferentes "mixes" que lá está ela: a podolatria. Uma grande conhecida pelas mulheres do séc XXI. Diferente de antigamente, em que se falava em "quero lamber seu pé" e a primeira idéia na cabeça delas era: psicopata ou tarado ou doente.
Hoje é bem comum grupo de amigas falando em podolatria ou experiência podólatras que já viveram. Elas falam o de sempre, sobre a tara por sapatos e sandálias e sempre tem aquela que motivada pelo teor da prosa, conta sobre um ex que fazia isso ou aquilo com os pés e os calçados dela. E como foi diferente! E como foi gostoso!
A dose de preconceito, sim, ainda existe quando, de fato, você precisa dizer que gosta de coisas ainda mais específicas, tipo: me pisa com força até marcar; me dá uma meia suada com bastante cheiro e tempo de uso; me deixa lamber e limpar seus pés sujos ... É preciso entender que a podolatria tem suas variações. Seus praticantes possuem cada qual o seu gosto. Tipo de unhas, tamanho do pé, detalhes de forma, cheiro, e uma infinidade de variações de cenas envolvendo pé, boca, sexo e coligados. Mas a fórmula da atração entre seres da mesma espécie, ainda é e sempre será a máxima: cada pé cansado tem que achar o seu sapato velho que sirva melhor. (e aqui a analogia faz mais sentido do que nunca!).
Concluindo a questão sobre o sinal verde para um bom papo entre casais (um papo com pé e com cabeça). Desde que veio a internet com informações distintas sobre tudo e principalmente sexo e afins, entrar no assunto podolatria já é algo simples e fácil de se fazer. Para quem gosta das variações mais específicas, o ideal é ser franco e ir aos poucos explicando o passo a passo da fantasia que se tem. Mostrar vídeos e fotos do tema sempre ajuda. Depois, curtir juntos as cenas clássicas de uma sessão podo e despertar na parceira a idéia do "tal poder" em se ter um homem aos seus pés.
Não existe receita certa. A receptividade das mulheres sempre será 50% - 50%. Mas repito, a vantagem dos dias de hoje é a facilidade pra se iniciar um diálogo ou no mínimo arriscar um "ataque podo" na hora H.
Nessa hora, muitas coisas vão se misturar na imaginação da sua parceira: o prazer, a situação, e tudo que ela provavelmente já ouviu sobre homens podólatras.
A podolatria a dois, uma vez que se dedica a lisonjear do feminino como musa a ser adorada e consequentemente se desenvolve fazendo a musa se sentir satisfeita, vai lhe dar muitos pontos positivos sobre você e sua performance com um "cara especial".
No final da transa, uma surpresa recíproca e pé-gajosa: Você certamente não vai querer largar do pé dela, e ela, não vai querer largar do seu!
by doug dink.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É bem isso que você diz.
ResponderExcluirO preconceito com podolatria já foi bem maior. Hoje tem muita gente que fica com vergonha de falar sobre podolatria para uma menina, mas elas aceitam numa boa.
O complicado é ir falando que quer lamber a meia dela com chulé. É aí que fica delicada a questão. O cara tem que saber falar.
Outro dia passou na tv um cara que comprou uma sapatilha usada de repórter e ficou cheirando. Meu! as mina vão achar que todo podólatra é assim? E só importa o sapato e o chulé dela?
Se liga galera! Tem que saber se informar e se expressar. Podolatria vai bem mais além.
Tá legal seu blog.
Belo texto. Estou conhecendo sobre podolatria desde que meu namorado me deu um sapato e disse que queria beijá-los sempre que eu usasse eles. Achei engraçado, mas gostei. Hoje fazemos vários fetiches e nós 2 gostamos. Acho que ele acertou no jeito de me apresentar a podo.
ResponderExcluirJúlia.
Gostei do texto. Sempre gostei de pés de mulheres e lembro bem quando apareceu a internet e finalmente fiz contato com pessoas que falavam a mesma língua.
ResponderExcluirA podolatria em geral, é um prazer particular, portanto não podemos esquecer de dar prazer à nossa parcera, eu, quando faço amor com minha esposa e quero ter prazer nos pés dela, eu a trato com muito carinho, deixo-a bastante exitada e com meu dedo eu a (masturbo), chegando ao "climax, dai é que parto para o meu prazer, quero lembrar que, eu não faço só com os pés dela, eu tambem faço sexo vaginal, normal, eu beijo o corpo inteiro dela. Ser podolatra não é problema, problema é não satisfazer a nossa parceira.
ResponderExcluir